imprimir

Notícias

Governo tenta evitar derrota em norma de planejamento tributário

06/11/2015

O governo federal corre contra o tempo para tentar evitar nova derrota no Congresso e restabelecer no Senado norma que exige das empresas comunicação à Receita sobre planejamento tributário adotado para reduzir o peso do fisco.

É que, no próximo dia 18, termina a validade da Medida Provisória (MP) 685, em cujo texto original enviado pelo Executivo constava a exigência, retirada anteontem durante votação da matéria na Câmara.

"Creio que, retornando pro Senado agora, vai ser restabelecido o texto que foi votado lá, e evitar que os objetivos principais da medida provisória sejam prejudicados", reclamou o relator-revisor da matéria, deputado Paulo Pimenta (PR-RS), juntamente com o deputado Afonso Florence (PT-BA).

Expressões da base aliada governista, Pimenta e Florence criticaram a oposição por ter conseguido nesta semana aprovar o texto sem o dispositivo sobre planejamento tributário. "Nós entendemos que a medida proposta pela oposição prejudica o combate à sonegação no país", acusou Pimenta.

Pela oposição, o deputado Pauderney Avelino (DEM- AM) classificou a norma retirada como "intromissão da Receita Federal na vida das empresas", alegando que as que fazem planejamento tributário dentro da lei já estão sujeitas à aprovação prévia da própria Receita. A MP 685 permite a quitação de débitos tributários que sejam objeto de questionamento administrativo ou judicial com a Receita Federal ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Na terça-feira passada, durante a votação da matéria, o Plenário da Câmara aprovou por 300 votos a favor e 87 contra a MP, mas derrubou os artigos que obrigavam os contribuintes a informar, antecipa- damente, à Receita Federal sobre seus planejamentos tributários feitos dentro da empresa com o objetivo de pagar menos impostos e evitar litígios demorados e desnecessários.

Os dispositivos foram cassados por 239 votos a 179 votos. A retirada dos artigos foi feita por um destaque do PPS.

Segundo o governo, essa seria uma medida contra a elisão fiscal, ou seja, quando empresas usam brechas da legislação para pagar menos tributos ou não pagar nada.

Além disso, o governo teme que a não aprovação das propostas poderia diminuir a arrecadação prevista com a MP, que tem objetivo, também, de aumentar a receita da União, reduzida em 2,9% no primeiro semestre.

Presunção do dolo

De acordo com o relator da MP, senador e empresário Tasso Jereissati (PSDB-CE), a apresentação do planejamento tributário foi a questão mais criticada, inclusive por especialistas. Tributaristas que estudaram a MM afirmam que ela criou, com essa regra, a "presunção do dolo", o que seria inconstitucional.

Isso porque, como o texto fala em "omissão dolosa", sujeita os contribuintes a uma multa de 150% sobre o valor do tributo devido.

No mesmo sentido, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro também criticou os trechos da MP. "O governo federal justificou essa proposta com o objetivo de criar segurança jurídica, mas, a meu ver, o efeito será o contrário", o advogado José Maurício Abreu, especializado na área tributária.

Depois das críticas, o relator resolveu alterar os artigos. A primeira parte da MP, que foi mantida pelos deputados, permite ao contribuinte pagar dívidas fiscais em litígio com desconto desde que ele desista do processo. Podem ser inscritos débitos vencidos até 30 de junho deste ano.

O resto do texto foi trabalhado de forma a afastar "qualquer possibilidade de insegurança jurídica" e a melhorar a relação entre o Fisco e os contribuintes.

Assim, em vez da declaração obrigatória em todos os casos, o relatório restringia a exigência apenas para a hipótese de atos ou negócios específicos previstos em atos a serem editados pela Receita.

Criou-se ainda a possibilidade de o contribuinte declarar a prática de atos ou negócios jurídicos, caso tenha acarretado a supressão ou o diferimento de tributo.

No texto, Jereissati propõe o direito de o contribuinte, ao declarar, expor a existência de motivos pelos quais praticou atos ou firmou negócios jurídicos sem "razões extratributárias relevantes", adotou forma não usual ou optou por negócio indireto ou cláusula que desnature os efeitos de contrato típico.

O relatório exige também que o Fisco, ao não reconhecer atos ou negócios jurídicos firmados pelo sujeito passivo, fundamente suas decisões.

A intimação ao não reconhecimento dos atos ou negócios deverá ser expedida pelo Fisco até o dia 30 de setembro do segundo ano seguinte após as operações. Sem isso, os juros de mora deixarão de fluir. Mesmo assim, os dispositivos não foram aprovados.

 

Notícias

Receita Federal cria a DME
23/11/17
PRORROGAÇÃO DO REFIS É PUBLICADA EM EDIÇÃO EXTRA DO DIÁRIO OFICIAL
03/11/17
COMO PREVER A INADIMPLÊNCIA? SAIBA TUDO SOBRE PROVISÃO E PERDAS DE INADIMPLENTES
03/11/17
Governo divulga CNPJ suspensos e orienta regularização de MEI
27/10/17
QUAL A DIFERENÇA ENTRE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE?
20/10/17
SUA EMPRESA NÃO LUCRA? SAIBA OS MOTIVOS
17/10/17
RECEITA FEDERAL PRORROGA PRAZO PARA ADESÃO AO PROGRAMA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA – PERT
09/10/17
ATÉ ONDE VAI A RESPONSABILIDADE DE UM CONTADOR EM UMA EMPRESA?
05/10/17
RECEITA PRETENDE DOBRAR AUTUAÇÕES DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS EM 2017
28/09/17
DESCUBRA COMO FAZER O CÁLCULO DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS CORRETAMENTE
26/09/17
CONTAGEM DOS PRAZOS DO AVISO PRÉVIO
26/09/17
INCENTIVOS FISCAIS: SAIBA COMO USÁ-LOS E FAÇA SEU NEGÓCIO CRESCER
25/09/17
QUAIS OS OBJETIVOS DO eSocial?
20/09/17
HOMOLOGAÇÃO DAS RESCISÕES
19/09/17
7 DICAS INFALÍVEIS PARA REDUZIR DESPESAS NA SUA EMPRESA
06/09/17
Novo título imobiliário tem isenção no Imposto de Renda e prazo de 2 anos
04/09/17Uma nova alternativa de aplicação financeira atrelada ao mercado imobiliário estará disponível ao investidor em breve.
Brasil se candidata para sediar o Congresso Mundial de Contadores em 2022
04/09/17
Focus eleva expectativa para crescimento do PIB em 2017
04/09/17Economistas consultados pelo Banco Central passaram a ver crescimento do Produto Interno Bruto este ano de 0,50 por cento, ante 0,39 por cento anteriormente
Receita Federal regulamenta tributação de remessas ao exterior
30/08/17Instrução Normativa (IN) RFB nº 1732/2017 trata do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
Prazo para adesão ao Refis será estendido
30/08/17Acerto entre deputados e governo prevê condições mais benéficas para devedores
Vantagens de terceirizar seu departamento contábil
28/08/17
Você sabe quais são as faltas justificadas que são permitidas por lei?
17/08/17
O prazo para declaração do ITR 2017 já começou, confira as mudanças !
16/08/17
Simples Nacional: novo limite não contempla o ICMS e o ISS
07/08/17Optantes terão de recolher o ICMS e o ISS em guia separada quando a receita superar o valor de R$ 3,6 milhões.
Governo deve enviar novo projeto sobre reoneração da folha de pagamentos
07/08/17Presidente Michel Temer se reuniu neste domingo com ministros e presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira.
Ministra do STF dá 5 dias para Temer enviar explicações sobre aumento do combustível
04/08/17Rosa Weber é relatora, no Supremo Tribunal Federal, de ação movida pelo PT contra o reajuste.
Balança comercial brasileira tem melhor julho da história
02/08/17O saldo positivo do mês superou o recorde de julho de 2006
Decreto do governo reduz alíquota do PIS/Cofins sobre o etanol
01/08/17Mudança na tributação gera uma redução de R$ 0,08 por litro do combustível. Regras para gasolina e diesel não foram alteradas
Empresas eram abertas para burlar Fisco, falir e lavar dinheiro, aponta PF
01/08/17Chamadas de operacionais, elas acumulam dívidas milionárias com a Receita Federal e irregularidades trabalhistas
Para ser anjo será preciso pagar imposto de renda
28/07/17Norma da Receita Federal determina que investidor não se enquadra como um sócio típico da empresa